Escrito por em 26/01/2016 (atualização: 23/09/2018)

Geralmente a mistura do caule da banisteriopsis caapi (jagube ou mariri) e as folhas da psychotria viridis (chacrona ou rainha) resulta no chá de ayahuasca, ou como é mais conhecido, no chá do Santo Daime. Essa bebida é utilizada por povos indígenas, em rituais religiosos e com propósitos medicinais. Entretanto, há controvérsias sobre o seu consumo que está associado à diversas reações psicoativas capazes de produz efeitos alucinógenos. Além disso, o consumo contínuo e exacerbado do chá pode provocar efeitos colaterais agudos, como vômito e diarreia.

A liberação da bebida para fins religiosos

O uso do chá empregado em cultos religiosos foi liberado no começo de 2010, pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad). Todavia, ao passo em que houve a licença autorizada pelo órgão, o mesmo também reconheceu que o consumo é perigoso, pois é uma bebida alucinógena. Na mesma resolução, o consumo do chá por pessoas com histórico de transtornos mentais ou que estão sob o efeito de bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas, estaria proibido.

Chá do Santo Daime pode provocar efeitos nocivos à saúde

Foto: Reprodução/ internet

Entretanto, a grande questão acerca dessa infusão é quem fiscaliza esse consumo. Seriam os próprios líderes religiosos que identificariam quem possui ou não os transtornos mentais? De quem seria a culpa por alguma acidente após um consumo de forma inadequada? Ou quem iria fiscalizar as religiões que fazem o uso em seus seguidores, com a finalidade de saber se estão seguindo as normas?

Para especialistas, a responsabilidade da fiscalização do uso e das consequências nos consumidores deveriam ser dos órgãos competentes em saúde pública, como o próprio Conad, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também da Polícia Federal. Bem como, das religiões que utilizam do chá de ayahuasca.

Quais os efeitos da bebida para o organismo?

Atualmente, os principais grupos religiosos que fazem uso do chá de ayahuasca no Brasil, são: Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal (UDV). Frente a isso, estudiosos publicaram na revista “Drug and Alcohol Dependence”, uma pesquisa feita com dois grupos de pessoas que além de morarem na mesma região, possuem as mesmas práticas, idades e características. O único aspecto que diferencia as equipes é o fato de uma ser composta por pessoas que fazem uso do chá, enquanto que a outra, não.

O resultado mostrou que quem consumia a bebida teve uma diminuição no uso de drogas e bebidas alcoólicas. Entretanto, quem consome o chá em excesso, apresenta distúrbios e alterações neuropsicológicas, incidência de psicopatologias e transtornos psiquiátricos.

ATENÇÃO: Nosso conteúdo é apenas de caráter informativo. Todo procedimento deve ser acompanhado por um médico ou até mesmo ditado por este profissional.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.